domingo, 29 de maio de 2022

Mercearia B. + Bento dos Santos

 - muitos anos passaram; D., num dos «próximos» dias, irá deambular por lá - quotidiano percurso entre Out-Nov de 81 e 31 de Julho de 83; antes que venha a esquecer-se de vez, regista-se o Nome do «Chef», minhoto, sócio do EXEC. A. O., Antunes - que chamava «doutor» a D. [...]

- servia-se «depois das horas» = ceias após espectáculos, por exemplo, ... [e D. via os cacilheiros - do Cais do Sodré, a 15 minutos a pé -  que já não apanharia....]


Foto de Nuno Ferreira Santos («Fugas»)

- ... e J. B. dos S. era um, dos «esporádicos», diga-se , visitantes - o seu «tonitruante» tom de voz, entre outros traços, sempre despertou a curiosidade de D. - que, de vez em quando, encontra referências ao então «brooker de metais», que «hoje, aos 75 anos, faz questão de preparar o jantar todos os dias, mesmo que seja o único à mesa. Viajou por todo o lado para comer, criou a Quinta do Monte d’Oiro, ...] [artigo do SUPL. «Fugas», de ontem, 28]

segunda-feira, 23 de maio de 2022

«Ilha de manteiga», Ana Hatherly

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 «Era uma vez uma ilha de manteiga. Aproximando-se da praia o mar era extremamente frio. Os viajantes desciam à ilha de manteiga e começavam a subir pelas suas escarpas. Escorregavam um pouco. Penetravam na ilha por galerias elegantemente escavadas por espátulas com estrias. Os viajantes podiam passar um delicado dedo pelas paredes e apreciar o seu sabor temperado. Penetrando mais na ilha os visitantes chegavam por fim a uma câmara obscuramente tingida donde não partia nenhum corredor. Observava-se então que a retirada era impossível.»    p. 88

                                                ana hatherly, 463 tisanas, Quimera, 2006

[da «selecção» de 20-21, ora «retomada»...]