quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Arroz de Enguia (Galopim...)

 - Arroz de Enguia... que era de Coelho...

- REcorte da ENTREV.a de hoje, pelos 90 anos...

Foto de família em 1941: António Galopim de Carvalho é o primeiro à esquerda 

Conte-nos lá a história do arroz de enguia que partilhou no Facebook.

[....] A minha avó Mariana era viúva e vivia com dificuldades. Tinha três filhos. Tinha um quintal e ao lado da casa dela vivia uma família com dinheiro. Um coelho fugiu da casa dos ricos para o quintal da minha avó, escondeu-se num canto. Ela fez umas conjecturas em termos da moral, das igualdades e desigualdades sociais. Pegou no coelho e esticou-o, esfolou-o, esquartejou-o e fez um arroz. Quando os rapazes vieram para jantar: “Ó mãe, o que é o jantar?” E ela disse “arroz de enguia”, para os rapazes não dizerem que comeram arroz de coelho. Nós, cá em casa, quando fazemos arroz de coelho, mesmo já os meus netos, dizemos “arroz de enguia”. [...]  - em Video, pelo minuto 3, 20

sábado, 7 de agosto de 2021

Vinho do Porto, os Ingleses e Camilo Castelo Branco...

 ... por esta ou por outra «ordem», (na 1.a parte da) em Crónica do «Fugas», de Pedro Garcias;

RECORTES:

[...] Ainda hoje se discute sobre as verdadeiras motivações que, em 1884, terão levado Camilo Castelo Branco a desferir um ataque tão violento sobre um inglês tão consensual e estimado no Douro e no país, coroado barão e entronizado para a História como uma das figura lendárias do vinho do Porto e da sua região de origem. [...] [James Forrester.]

Na origem do livro está a publicação, 35 anos antes, de um texto na Westminster Review a condenar o vinho do Porto como, nas palavras de Camilo, “deletério e empeçonhado por acetato de chumbo e outros tóxicos anglicidas”. [...]

Pelos vistos, o autor do texto, anónimo, tinha sofrido na carne a adulteração do vinho do Porto, uma “mixórdia negra”, achando-se, na descrição mordaz de Camilo, “dispéptico, com azias, relaxes intestinais, eructações cloacinas, e o crânio sempre flamejante como suja poncheira, com o encéfalo em combustão de Cognac e casquinha de limão”. O ataque de Camilo é demolidor. “Em Inglaterra os porcos engordam na ceva do arsénico. Que fibras de raça aquela! (…)”.