«Crónica Urbana- Beco dos Cavaleiros», Alexandra Prado Coelho, texto, João Catarino, Ilustração, «Revista 2», p. 41, Público, 12-08-2012 Além das referências ao único restaurante - na Mouraria - que ainda a serve e a Manolo Carrera - figura da comunidade Galega de Lisboa que G. conheceu nos idos Quentes de 75 e «adjacentes» - um Recorte que o «transportou» para a Infância:
|
[...] É
uma sopa que nos transporta para o tempo em que os trabalhadores de Lisboa
acordavam de madrugada e comiam uma sopa quentinha, trazida pelas mulheres da fava-rica,
numa panela protegida dentro de um cesto de verga, à cabeça. E transporta-nos
para essa frase, que tanto ouvimos
sem
a percebermos bem: “…até vir a mulher da fava-rica”.
[…]
as pessoas gostavam tanto da sopa que estavam dispostas a esperar o tempo que
fosse preciso por ela. E a mulher, nesses tempos antigos, acabava mesmo por
aparecer, apregoando: faaaava-riiica!
Depois o pregão deixou de se ouvir, e as mulheres da fava-rica sobreviveram
apenas em velhas fotos e gravuras. […]
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.