Não
sabe a nada, repetia o marido, antes de se levantar da mesa e se esparramar no
sofá, lendo o jornal desportivo. Mordia o lábio, engolia em seco.
Aprendera
a cozinhar com a mãe. Não falhava nos tempos, nos temperos e nos apuros. Dia
após dia, insistia. Servia-o, expectante.
Não
sabe a nada.
Na
hora, apetecia-lhe despejar o frasco do piripiri no cozinhado seguinte. Mas
insistia. Dia após dia. O elogio viria, um dia.
Enlouqueceu antes disso.
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