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«Era uma vez uma ilha de manteiga.
Aproximando-se da praia o mar era extremamente frio. Os viajantes desciam à
ilha de manteiga e começavam a subir pelas suas escarpas. Escorregavam um
pouco. Penetravam na ilha por galerias elegantemente escavadas por espátulas
com estrias. Os viajantes podiam passar um delicado dedo pelas paredes e
apreciar o seu sabor temperado. Penetrando mais na ilha os visitantes chegavam
por fim a uma câmara obscuramente tingida donde não partia nenhum corredor.
Observava-se então que a retirada era impossível.» p. 88
ana hatherly, 463
tisanas, Quimera, 2006
[da «selecção» de 20-21, ora «retomada»...]
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